Libreto e Música de Carlos Clara Gomes

Uma ópera popular que recria os amores de D. Pedro e Dona Inês, transportando-os para a nossa actualidade. 

Esta história de amor com sabor moderno alia a verdade histórica às vivências da juventude dos dias de hoje e à cultura popular, onde não faltam uma certa desenvoltura na linguagem, as bruxas e os duendes e a maledicência do povo, produzindo um efeito cómico que, seguramente, não deixará de cativar os nossos jovens. Pensamos, pois, que esta obra encerra verdadeiras potencialidades didácticas no âmbito da abordagem de "Os Lusíadas", por constituir uma potente fonte de motivação para os alunos, os quais, normalmente, encaram com receio, mas também alheamento e tédio, o estudo desta obra maior da nossa cultura nacional.
A par da vertente educacional, foi nossa preocupação a qualidade gráfica e artística, política que tem norteado a linha editorial da Tradisom nestes últimos 20 anos.
A propósito, destacaremos as belíssimas ilustrações da autoria de Pedro Sousa Pereira, ilustrador com obra premiada, bem como alguns dos artistas envolvidos neste projecto, como Sérgio Godinho e o cantor João Afonso (D. Pedro); Uxia Senlle (Inês de Castro), conhecida cantora popular em terras de Galiza; Manuel Freire (O Peregrino), o intérprete da intemporal "Pedra Filosofal"; o realizador, cantor e compositor açoriano Zeca Medeiros (D. Afonso IV); Quiné, percussionista que fez parte da Brigada Victor Jara, com numerosos trabalhos na área da música popular e do jazz; Aurélio Malva, também ele elemento daquele conceituado grupo musical; Sebastião Antunes, líder do grupo de música popular Quadrilha; e Fernando Meireles, fundador do grupo Realejo e exímio construtor de instrumentos populares portugueses, a quem se deve o ressurgimento da sanfona. Finalmente, e porque a lista já vai longa, uma breve nota sobre o autor, Carlos Clara Gomes, músico e compositor com 40 anos de carreira, de que podemos destacar a Ópera do Bandoleiro, na qual participaram os brasileiros Quinteto Violado e a Brigada Victor Jara, bem como a Ópera Cinco, obra comemorativa do Centenário da República.